Transtorno do Pânico

O que é o Transtorno do Pânico?

As pessoas com transtorno do pânico passam por períodos repentinos de medo intenso, chamados de ataques de pânico. Algumas pessoas sofrem de ataques de pânico várias vezes por semana, ou mesmo várias vezes por dia. Elas sentem-se frequentemente ansiosas entre os episódios, imaginando quando o próximo ataque irá ocorrer. Muitas vezes, essas pessoas irão evitar atividades ou lugares onde um ataque já ocorreu, limitando seu estilo de vida.

A assistência médica apropriada pode ajudar a reduzir ou a prevenir os ataques de pânico na maioria das pessoas.

 

Como é um Ataque de Pânico?

Repentinamente, você se sente nervoso e fora de controle. Seu coração bate aceleradamente e você está suando. Agora, partes de seu corpo estão formigando, suas mãos estão dormentes. Você sabe que algo terrível está para acontecer! Conforme a dor em seu peito piora cada vez mais, você pensa que poderia morrer.

Imagem Transtorno do Pânico

Esses sentimentos terríveis podem durar de 5 a 20 minutos.

O ataque de pânico, a característica principal do transtorno do pânico, é um período de medo ou desconforto intenso, que podem durar de 5 a 20 minutos, frequentemente em lugares familiares onde aparentemente não há nada a temer. Mas, quando o ataque vem, é como se houvesse uma ameaça real, e o corpo reage de acordo. Irrompe uma combinação de sintomas – o coração dispara, a respiração fica mais rápida e superficial e todo o sistema nervoso indica: PERIGO!

Os ataques de pânico são geralmente classificados como parte do transtorno do pânico, se eles ocorrem mais de uma vez e estão acompanhados de, no mínimo, quatro dos seguintes sintomas:

  • Transpiração
  • Falta de ar
  • Palpitações/Taquicardia/Coração acelerado
  • Dor no peito
  • Insegurança
  • Asfixia ou sensação de sufocação
  • Dormência ou formigamento
  • Ondas de calor ou de frio
  • Tontura/Vertigem ou desmaio
  • Tremor ou agitação
  • Enjôo ou dores de estômago
  • Sentimentos de irrealidade
  • Medo de perder o controle, de morrer ou de “ficar louco”

O desconforto e a sensação de perigo que o ataque traz é tão intensa que as pessoas podem pensar que estão tendo um ataque cardíaco ou um derrame. Não é surpreendente que muitas vítimas corram para o pronto-socorro. Uma vez que o ataque atingiu o seu pico, os sentimentos de pânico diminuem, deixando a vítima abalada e esgotada emocionalmente.

 

O que causa o Transtorno do Pânico?

Embora ninguém saiba a causa exata do transtorno do pânico, acredita-se que um evento estressante da vida, como a perda de uma pessoa querida, pode provocar este transtorno. Pesquisas médicas mostram que os ataques de pânico podem ser causados por um desequilíbrio das substâncias químicas mensageiras, como a serotonina, no cérebro. De um modo interessante, este mesmo desequilíbrio químico tem sido associado à depressão e ao TOC. Problemas extremos na família ou na vida pessoal podem piorar o transtorno do pânico. Contudo, é importante lembrar que há ajuda disponível, independente de quais sejam as razões para o transtorno do pânico.

 

Pânico na População

As mulheres sofrem de transtorno do pânico aproximadamente duas vezes mais que os homens, mas a doença desconhece fronteiras raciais, econômicas ou geográficas. O transtorno começa tipicamente quando suas vítimas estão em seus 20 anos de idade. Frequentemente um acontecimento grave, como a morte de um pai ou o divórcio, disparará o primeiro ataque. Estudos têm mostrado que os transtornos do pânico são familiares, o que fortalece a ideia de que a condição pode ser passada geneticamente de geração para geração. As pessoas com transtorno do pânico estão mais sujeitas a ter depressão e suas complicações do que a pessoa comum. Na realidade, 50% a 60% das pessoas com transtorno do pânico terão depressão pelo menos uma vez durante suas vidas. A doença complica-se quando associa-se ao abuso de drogas e álcool.

 

Pânico não tratado: Uma ameaça tripla

Infelizmente, uma vez que o primeiro ataque de pânico começa a desaparecer, muitos frequentemente acreditam que foi ocasional. Consequentemente, muitos não procuram tratamento, o que pode resultar na emergência das seguintes situações:

Fuga. Uma pessoa pode interromper qualquer atividade que pareça ser provocadora, como por exemplo, ir ao parque, dirigir, ou andar de elevadores, ou fazer qualquer coisa que cause sensações corporais assustadoras. Embora a fuga possa ajudar temporariamente em relação ao medo do ataque e da perda de controle que o acompanha, ela torna praticamente impossível a vida normal em casa e no trabalho. E não impede os ataques de acontecerem.

Ansiedade Antecipatória. A ansiedade que é provocada pela mera possibilidade de ter um ataque de pânico é chamada de ansiedade antecipatória. Quando isso se desenvolve, ela pode fazer com que a pessoa se torne reclusa, optando por suportar os ataques sozinha ao invés de fazê-lo em público, onde não há chance de escapar e pouca chance de ajuda.

Agorafobia. Frequentemente acoplada ao transtorno do pânico, a agorafobia é o medo de estar em lugares ou em situações nas quais possa ser difícil (ou embaraçoso) escapar, ou nos quais a ajuda pode não estar disponível na ocorrência de um ataque de pânico. Ela pode levar as pessoas com transtorno do pânico a evitar lugares públicos, multidões ou viajar de ônibus ou avião. Esse padrão pode progredir a um ponto onde a pessoa não sairá mais de sua casa.

 

Tratamento

Estão disponíveis duas opções principais de tratamento para as pessoas com transtorno do pânico: a medicação e a terapia cognitiva comportamental.

Os tratamentos eficazes e o progresso das pesquisas têm trazido novas esperanças de recuperação para as pessoas com transtorno do pânico. E uma educação médica contínua está ajudando cada vez mais aos médicos a reconhecer o transtorno e dar aos pacientes a ajuda de que precisam. A detecção precoce é significativamente redutora das complicações de um transtorno do pânico não tratado. Com o tratamento psiquiátrico apropriado, cerca de 90% das pessoas que sofrem de transtorno do pânico se recuperarão e retornarão às atividades normais da vida.